30/12/2024 às 12h31min - Atualizada em 02/01/2025 às 16h13min

Primeiros Socorros no trânsito: Saiba o que fazer em um acidente

Na hora de um acidente de trânsito as reações são as mais diversas, aprenda como lidar com a situação de maneira racional

NATHALIE PáIVA
Tuddo Comunicação
Foto: Pexels/RDNE Stock projec

A primeira reação ao ter um acidente no trânsito é se chocar com a situação e se estressar por conta dos danos sofridos aos demais passageiros e veículo. Mas é muito importante procurar manter a calma e rapidamente identificar se há feridos e aplicar os primeiros socorros no trânsito.

Afinal, por pior que sejam os prejuízos financeiros, eles são recuperáveis. Mas não é o que acontece com os seres humanos, que podem ter sequelas irreparáveis ou fatais.

Por isso, além de entender a importância dos primeiros socorros em acidentes de trânsito, é preciso saber o que fazer – e também o que evitar. Veja dicas a seguir:

Primeiros socorros no trânsito: saiba como agir

Muitas pessoas acabam não fazendo nada ou tomando atitudes erradas simplesmente por não saberem como agir. E como conhecimento não ocupa espaço e a gente nunca sabe quando será útil, é muito importante que motoristas, passageiros e até pedestres saibam o que fazer em situações de emergência.

Para se ter uma ideia, o número de mortes por atropelamentos em São Paulo, por exemplo, aumentou 19,7% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Detran-SP.

Por outro lado, segundo o relatório “Status Report on Road Safety”, da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial dos países com mais mortes em decorrência de acidentes de trânsito. Atrás, apenas, da Índia e da China.

Mais atenção no trânsito, respeito às leis e algumas boas práticas na hora de um acidente podem ajudar a reverter esse quadro. Veja como prestar primeiros socorros no trânsito da forma correta:

Mantenha a calma

Apesar de difícil para muitas pessoas, manter a calma é essencial em caso de acidente. “O pânico e a ansiedade embotam os pensamentos e podem levar a atitudes impulsivas que geralmente acabam agravando a situação”, lembra Paulo Loffreda, sócio e fundador da Zignet.

A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) sugere um pequeno roteiro para o pós-acidente:

1 – Procure respirar profundamente algumas vezes para reorganizar os pensamentos, recobrar a lucidez e conseguir pensar com clareza;

2 – Se você é um dos envolvidos no acidente, veja se sofreu ferimentos;

4 – Avalie a gravidade geral do acidente;

5 – Verifique os demais ocupantes do seu veículo e os conforte;

6 – Continue mantendo a calma, porque só assim você conseguirá controlar a situação e agir.

Como agir em caso de vítimas

Se houver vítimas, procure avaliar o estado de cada uma.”Pergunte o que estão sentindo: essas informações poderão ser passadas para a equipe de resgate e podem ser importantes para o socorro inicial”, orienta.

Feito isso, é hora de garantir a segurança do local. “Avalie se há situações de perigo ao redor, como risco de explosões. Se houver e o acidentado autorizar, remova-o para um local seguro”, diz.

Loffreda lembra que se não houver riscos, o recomendado é não mexer nos feridos. “Mas caso haja fumaça, procure colocar uma toalha molhada sobre a boca das vítimas”, recomenda.

Primeiros socorros em caso de sangramento

Se houver vítimas com sangramento, é preciso fazê-lo parar. “Proteja as mãos com luvas ou similares para estancar o sangue com uma gaze ou pano limpo, pressionando com força o local”, ensina e continua. “Amarre essa compressa no local de forma bem firme, com uma tira de pano ou cinto – ou fique pressionando o local com as mãos até a chegada do resgate”, orienta.

Se mesmo assim o sangue não estancar, faça uma nova compressa por cima da anterior. “Não remova o curativo molhado antigo porque isso pode interferir no processo de coagulação do sangue. E aguarde os paramédicos”, diz.

Garanta a segurança do local

Quando um acidente de trânsito acontece, a chance de ocorrerem outros acidentes consecutivos, é grande. Além da curiosidade e da distração dos outros motoristas, a sinalização ineficiente ou inexistente também contribui para novas colisões. E é nesse último ponto que você pode fazer a diferença.

Fique atento à distância do triângulo

O primeiro passo para garantir a segurança do local é avaliar os riscos iminentes, como fogo, explosões e novas colisões. Se não houver feridos e for possível, procure remover os veículos do meio da via para um local seguro, como um acostamento.

“Se não for possível remover os veículos, sinalize o local o mais rapidamente possível. Ligue o pisca-alerta de todos os veículos envolvidos e coloque o triângulo a, no mínimo, 30 metros de distância dos carros avariados ou de uma vítima do chão, por exemplo.
Essa distância mínima é determinada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e corresponde a cerca de 30 passos largos”, informa.

O ideal, porém, é colocar o triângulo a uma distância correspondente à velocidade da via em que ele está. Então digamos que a velocidade é de 60 km/h: a sinalização deve estar a 60 m do veículo.

Se houver uma curva, caminhe até o final dela e recomece a contagem dos passos. Já em caso de chuva, neblina ou cerração, a distância deve ser dobrada.

Se estiver sem o triângulo, procure sinalizar com galhos de árvore, por exemplo. Mas atenção, porque rodar sem o triângulo é infração gravíssima com multa no valor de R$ 191,54 e 7 pontos na CNH.

Peça o socorro

Após administrar os primeiros socorros no trânsito e garantir a segurança, chame o socorro:

192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para prestar socorro em situações de emergências de saúde;

193 – Corpo de Bombeiros, para acidentes com vítimas nas estradas, com ou sem risco de explosão.

190 – Polícia Militar, para acidentes com vítimas em estradas estaduais.

191 – Polícia Rodoviária Federal para acidentes com vítimas ou veículos obstruindo a pista em estradas federais.

“Lembre-se de que sempre que houver feridos ou mortos é preciso chamar a polícia, que fará o boletim de ocorrência (B.O.) no local. Se não houver, o B.O. pode ser feito posteriormente presencialmente em uma delegacia ou online”, enfatiza.

E não esqueça de prestar as informações básicas sobre o acidente:

Local – Informe qual a rua ou rodovia, o quilômetro aproximado, características das proximidades e pontos de referência;
Estado das vítimas (se houver) – Diga se há óbito no local ou pessoa ferida precisando de socorro?

Fluidez do trânsito – Informe também se há algum veículo danificado obstruindo o trânsito e necessitando de guincho.


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NATHALIE MARIA OLIVEIRA SILVA
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