Low-Code vs desenvolvimento tradicional: uma quebra de paradigmas

*Por Rodrigo Soares, Solution Architect Manager LATAM da OutSystems 

Nos últimos anos, o desenvolvimento de software passou por uma transformação significativa com o surgimento das plataformas low-code.  Emergindo como uma solução poderosa e disruptiva, essa tecnologia permite a criação de aplicações com mínima necessidade de codificação manual e tem mudado a forma como as empresas abordam o desenvolvimento de software. Enquanto o desenvolvimento tradicional ainda possui seu espaço e continua a ser uma força competitiva e importante, as vantagens oferecidas pelas plataformas low-code representam uma verdadeira quebra de paradigmas.  

Vamos para algumas das principais vantagens e diferenças entre o desenvolvimento low-code e o tradicional. 

1. Velocidade e eficiência 

Segundo um estudo da Forrester, as plataformas low-code podem acelerar o desenvolvimento em até 10 vezes em comparação com os métodos tradicionais. Essa, por sinal, acaba sendo a principal vantagem. No desenvolvimento tradicional, o processo de codificação, testes e implementação pode levar meses ou até anos, especialmente para projetos complexos.  

Em contraste, com o low-code, muitos desses passos são simplificados ou automatizados, permitindo que desenvolvedores criem aplicações em semanas ou até dias. Essa rapidez não apenas acelera a entrega de valor para o negócio, mas também permite uma resposta mais ágil às mudanças e demandas do mercado. 

2. Redução de custos 

Além da velocidade, a eficiência das plataformas low-code se traduz em uma redução significativa de custos. Com menos tempo gasto no desenvolvimento e menos necessidade de uma equipe grande de desenvolvedores altamente especializados, os custos operacionais diminuem. Além disso, a manutenção e atualização de aplicações se tornam mais simples e menos onerosas. A automação de muitos processos, desde a geração de código até os testes, reduz ainda mais a necessidade de intervenção manual e, consequentemente, os custos associados.  

3. Flexibilidade e escalabilidade 

As plataformas low-code são projetadas para serem flexíveis e escaláveis, permitindo que as empresas adaptem e expandam suas soluções conforme necessário. Na codificação tradicional, a escalabilidade pode ser um desafio significativo, exigindo uma arquitetura robusta e planejamento detalhado desde o início. Com o low-code, as empresas podem começar com soluções simples e incrementá-las conforme suas necessidades evoluem, sem ser necessário reconstruir a base do zero. 

4. Integração facilitada 

Outra vantagem crucial das plataformas low-code é a facilidade de integração com sistemas existentes. Na codificação tradicional, integrar novas aplicações com sistemas legados pode ser um processo complexo e demorado. As plataformas low-code frequentemente vêm com conectores pré-construídos e APIs que simplificam essas integrações, permitindo uma comunicação fluida entre diferentes sistemas e uma melhor sinergia de dados. 

Quebra de paradigmas: o low-code não é uma tendência passageira 

Embora o desenvolvimento tradicional continue a ser relevante, especialmente para projetos que requerem um alto nível de personalização e controle, as plataformas low-code estão rapidamente ganhando terreno. As vantagens em termos de velocidade, custo, democratização, flexibilidade e integração oferecem uma proposta de valor irresistível para muitas empresas. Essa mudança representa uma verdadeira quebra de paradigma, transformando a forma como pensamos e abordamos o desenvolvimento de software.  

Portanto, o low-code não é apenas uma tendência passageira. A capacidade de responder rapidamente às demandas do mercado e inovar de maneira ágil e eficiente é o novo padrão, e as plataformas low-code estão na vanguarda dessa revolução. As empresas que abraçarem essa mudança estarão mais bem posicionadas para prosperar em um mundo cada vez mais digital e dinâmico. 

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JULIANA VERCELLI
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