28/11/2024 às 10h23min - Atualizada em 01/12/2024 às 08h09min

Organizações globais podem multiplicar por dez a capacidade de identificar transações de alto risco por meio de melhor colaboração, revela pesquisa

A adoção de ferramentas de IA para proliferar phishing, deepfakes e outros golpes está corroendo a confiança do consumidor nos serviços digitais

LexisNexis Risk Solutions
Divulgação/LexisNexis Risk Solutions
Bancos e e-commerces podem melhorar significativamente sua capacidade de identificar e bloquear transações fraudulentas de alto risco e difíceis de detectar ao integrar inteligência de fraude compartilhada em suas avaliações de risco, de acordo com o mais recente Relatório Panorama Global de Fraude e Identidade da LexisNexis® Risk Solutions.

A pesquisa revela como as empresas podem construir uma confiança digital robusta e prevenir fraudes por meio de inteligência colaborativa de identidade digital, e detalha vários exemplos de sucesso. Em um dos casos, uma organização aumentou suas taxas de reconhecimento de clientes para 94%. Outro exemplo destaca uma empresa que integrou inteligência digital e dados de e-mail, o que resultou em um aumento de 26% na detecção de fraudes.

O relatório global também explora o impacto das atividades criminosas na confiança do consumidor, agravado pelo fato de que menos de 10% dos “laranjas” identificados pela polícia são presos e menos de 1% são acusados. A rápida adoção de tecnologias de IA por fraudadores para automatizar golpes de phishing e deepfakes está tornando esses ataques mais eficientes e convincentes, corroendo assim a confiança do consumidor em serviços digitais. Os ataques globais de fraude aumentaram 19% no ano, de acordo com a análise da plataforma LexisNexis® Digital Identity Network®.

Uma rede colaborativa permite que as organizações compartilhem informações sobre atividades suspeitas e fraudes confirmadas entre seus membros, dificultando as operações dos fraudadores. Esse compartilhamento pode incluir dados sobre o dispositivo utilizado, endereços IP e outros sinais digitais, bem como o endereço de e-mail fornecido. Ao analisar o risco potencial associado a esses sinais, as organizações podem aumentar significativamente a eficácia na detecção de transações de alto risco. Em um dos casos analisados, um grande banco global aumentou sua capacidade de detecção em 17 vezes (1700%). Em outro, um emissor de cartões melhorou suas avaliações de risco em 23 vezes (2300%). Em ambos os casos, foram utilizados dados colaborativos para alcançar esses resultados.

Apesar disso, apenas seis em cada dez (60%) organizações têm soluções tecnológicas de prevenção de fraudes em vigor em todos os canais de transação. E apenas uma em cada quatro (27%) organizações nas regiões EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e APAC (Ásia-Pacífico) utilizam consórcios ou iniciativas de troca de dados como parte de suas atividades de prevenção de fraudes, segundo o relatório. Esse dado é surpreendente, considerando que a maioria das empresas classificou a integração entre experiência digital e prevenção de fraudes (72%) e a minimização do atrito do cliente no checkout (68%) como prioridades "críticas ou altas".
 
“O desejo dos consumidores por serviços mais rápidos e instantâneos está impulsionando a demanda por mudanças, incluindo a criação de soluções alternativas de pagamento. Em resposta, reguladores e bancos centrais estão implementando sistemas de pagamento instantâneo, que facilitam ainda mais as transações”, diz Stephen Topliss, vice-presidente de fraude e identidade da LexisNexis Risk Solutions.

“No entanto, cada esforço para tornar as transações mais fáceis para os consumidores também está facilitando a vida dos fraudadores. A demanda social por conveniência coloca as instituições financeiras diante de um difícil equilíbrio entre inovação tecnológica e conveniência, enquanto buscam a confiança e a integridade do sistema.”

Insights mais profundos são igualmente essenciais na luta contra identidades sintéticas – perfis digitais falsos criados para realizar fraudes. Uma inteligência robusta pode revelar sinais indicativos, tais como: identidades sintéticas têm sete vezes mais probabilidade de não ter parentes próximos e 20 vezes mais probabilidade de aparecer em vários pedidos de crédito em um curto período de tempo.

O relatório destaca que o fator humano ainda é um elo frágil na cadeia de confiança, com um “exército de laranjas” – dos quais cerca de 40% têm menos de 25 anos – ajudando os criminosos cibernéticos a lavar entre 2% e 5% do PIB global a cada ano.

“O pior cenário é que os consumidores parem de interagir digitalmente porque não confiam no processo. Lidar com esse problema global exige uma estratégia multicamadas, pois não há uma solução mágica contra a fraude”, observa Topliss.

Baixe aqui o Relatório Panorama Global de Fraude e Identidade 2024 (disponível somente em inglês).
 

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Eva Rodrigues Pereira
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