25/11/2024 às 15h04min - Atualizada em 26/11/2024 às 00h05min

Black Friday 2024: “principal meta é a margem de lucro”, afirma Nação Digital, empresa do grupo FCamara

CEO aponta que a maior preocupação dos varejistas neste ano é no lucro e não o total de vendas; Temporada é o momento de limpar estoque de produtos mais antigos das prateleiras

BEATRIZ PADILLA TEIXEIRA
FCamara
FREEPIK
 

A primeira Black Friday brasileira aconteceu em 2010 e, em sua estreia, todas as ações promocionais se deram na plataforma online. Desde então, a data vem mobilizando o varejo nacional, enquanto ganha uma versão brasileira adaptada e os bolsos dos consumidores. Ao passo que no primeiro ano, foram transacionados R$ 3 milhões em vendas online (fonte: ClearSale), em 2023, o e-commerce nacional viu uma injeção de R$ 6,9 bilhões (fonte: ABComm). 

 

Ao longo dos últimos anos, a economia brasileira passou por momentos favoráveis e desafiadores, gerando aprendizados que contribuíram para o amadurecimento do varejo. As expectativas e estratégias de cada Black Friday são ajustadas conforme o contexto econômico do país. Em 2024, o cenário tem sido marcado pela alta dos juros, restrição de capital disponível e pela desconfiança em relação ao setor varejista. Portanto, de acordo com Rodrigo Martucci, CEO da Nação Digital, empresa integrante do Grupo FCamara desde 2022, o foco dos lojistas este ano se volta, majoritariamente, para a rentabilidade. “O mercado nacional, agora mais maduro, tem priorizado o EBITDA e a eficiência operacional. O faturamento já não é mais o maior indicador de sucesso; o lucro tornou-se o principal direcionador e o grande objetivo dos gestores", afirma.

 

Black Friday à brasileira 

O executivo, que morou por 15 anos nos Estados Unidos, ainda aponta outros fatores que diferenciam a edição brasileira da sua matriz. “Quando morei em Massachusetts, pude perceber que há, por lá, cinco grandes varejistas dominando as vendas. No Brasil, além da pluralidade de meios de pagamento, há inúmeros comércios adeptos, de grandes marketplaces a players menores, e novos ingressantes a cada ano que passa”, destaca. 

 

Segundo Martucci, existem diversos fatores a favor dos empresários brasileiros em se tratando de Black Friday. Primeiramente, mais do que pensar em lançar ou divulgar algum produto novo, a data é uma boa oportunidade para fazer giro de estoque com coleções anteriores e peças de outros catálogos. “Matematicamente, compensa o desconto. São itens que ocupam espaço no estoque ou no centro de distribuição. Vale a pena investir em reduzir os preços para trazer para o nosso lado aquele cliente que pode se tornar leal. Essa estratégia, aliada  a uma boa gestão do CRM, é infalível para manter os consumidores dentro de casa”, acrescenta. 

 

Outro elemento que diferencia Brasil e Estados Unidos é a relevância dada à Cyber Monday. No segundo país, a data tem peso quase equivalente à quinta-feira promocional. “Do ponto de vista de pessoas de negócios, precisamos pensar em meios mais atrativos de divulgar a segunda-feira posterior como outro gancho para aquecer vendas”, salienta. 

 

Ciberfraude: como evitar

Para Martucci, os crimes cibernéticos não têm nacionalidade, nem recorte geográfico, mas lamentavelmente encontram uma grande incidência no Brasil. O CEO recomenda cuidados que podem ser efetivos. “Indico constantemente olhar as credenciais no site, buscar se há algum tipo de certificado, pesquisar se o CNPJ se encontra no rodapé da página, fazer uma ronda nas redes sociais do respectivo varejista e em sites de reclamação. Em caso de dúvida, vale recorrer ao Procon para ver se a companhia em questão está listada em algum cadastro negativo”, destaca.

 

O que ainda pode ser feito 

Neste ano, a Black Friday brasileira coincide com a primeira parcela do 13º salário, o que tende a ser um incentivo às vendas. Para alavancar ainda mais as cifras, o fundador da Nação Digital, salienta uma estratégia comum em outros países, que certamente pode bem trazer resultados em solo brasileiro. “Por aqui, no Brasil, não fazemos ações vendedoras, como lives com influenciadores. Na China, esse modelo de transmissão ao vivo gera mais receita do que a nossa Black Friday como um todo”, pondera.


 

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BEATRIZ PADILLA TEIXEIRA
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