O Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, representa uma oportunidade para a reflexão sobre a escravização de povos africanos, que marcaram profundamente a História do Brasil. Além de resgatar a memória dessa injustiça, a data tem como objetivo promover o reconhecimento da imensa influência negra na formação da cultura, ciência, tecnologia e economia.
O dia escolhido pelo Movimento Negro, relembra a luta de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que, no século XVII, foi capturado, morto e decapitado, tendo sua cabeça exposta em Recife (PE) como forma de intimidação. Sua resistência e coragem continuam sendo símbolo da luta pela liberdade e pela igualdade racial no Brasil.
De acordo a assessora pedagógica da plataforma Amplia, Clarissa Lima, a inclusão do Dia da Consciência Negra no calendário escolar, conforme previsto pela Lei 10.639/03, é um marco que atende a uma reivindicação histórica do movimento negro contra o racismo epistêmico. “Esse reconhecimento representa uma transformação curricular, que passa a incorporar a perspectiva negra na construção da história brasileira, anteriormente contada de forma unilateral”, explica a especialista.
Uma das formas mais eficazes de abordar temas sobre questões raciais e de identidade é por meio da literatura, segundo ela. Ao oferecer narrativas diversas, a literatura amplia a possibilidade para os leitores se verem representados e identificados nas histórias que leem, promovendo um espaço onde a pluralidade cultural é valorizada.
Além disso, a diversidade literária é importante, pois rompe com a uniformização e padronização eurocêntrica, que, muitas vezes, distancia os estudantes de suas próprias realidades. “Quanto mais diversa for a literatura, mais oportunidades para combater preconceitos e estereótipos, o que possibilita e expõe aos estudantes diferentes pontos de vista sobre as questões raciais, culturais e sociais”, diz Clarissa.
Abordar essa temática em sala de aula, de acordo com ela, contribui para uma educação mais inclusiva, que valoriza as diversas identidades e histórias que formam o nosso país. Por isso, visando conscientizar os estudantes sobre a data e sua relevância, Clarissa recomenda cinco livros, que podem ampliar o repertório sobre o tema. Confira:
Zum Zum Zumbiiiiii: História de Zumbi dos Palmares para crianças, de Sônia Rosa, sugerido para os anos iniciais do Ensino Fundamental;
O Pequeno Príncipe Preto, de Rodrigo França, já para ser trabalhado com os anos iniciais do Ensino Fundamental;
Amora, de Emicida, recomendado para a pré-escola e anos iniciais do Ensino Fundamental;
Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie, indicado para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio;
Olhos d’água, de Conceição Evaristo, recomendado para o Ensino Médio;
Sobre a Plataforma Amplia: Criada em 2014, a Plataforma Amplia é um sistema de ensino para educação básica que oferece uma solução total, integrada e de alta qualidade da Educação Infantil ao Pré-Vestibular. O conceito de plataforma de ensino integrada traz um currículo completo que inclui habilidades acadêmicas e socioemocionais, além do trabalho com a cidadania e o uso de tecnologia educacional a favor do aprendizado. Atualmente, o sistema possui mais de 500 escolas parceiras, o que representa mais de 185 mil alunos utilizando a plataforma e mais de 3.500 professores integrados na rede.
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JULIA AZEVEDO VITORAZZO
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