A Internet das Coisas (IoT) vem revolucionando a forma como as instituições de saúde e profissionais da área acompanham a evolução de pacientes. Foi a partir do conceito “Saúde 4.0”, que se tornou possível a integração da IoT, Inteligência Artificial (IA) e a análise de dados nesses ambientes. Assim, quanto mais essas ferramentas absorviam dados sensíveis dos usuários, maiores são as necessidades da presença de ações de segurança para proteger essas informações de cibercriminosos.
Segundo o “Relatório Semestral de Ameaças Cibernéticas de 2024”, da Sonic Walls Capture Labs, houve um aumento de 67% de tentativas de ataques a esses dispositivos no primeiro semestre de 2024 em comparação ao ano anterior, sendo o ransomware o meio mais utilizado. As causas das atenções dos hackers maliciosos para esses dispositivos são diversas, mas, principalmente, por conterem algumas informações clínicas e individuais que deveriam permanecer anônimas.
“Para se proteger contra essas abordagens cibernéticas, é necessário que o usuário da IoT atente-se para alguns pontos: manter o dispositivo desconectado quando não estiver em uso; utilização de senhas variadas e fortes; desabilitar programas que não estão em uso; além de atentar-se por manter a atualização do produto sempre em dia”, indica Filipe Luiz, Líder Técnico de Segurança e Continuidade da Flowti, empresa especializada em infraestrutura de TI para negócios de missão crítica.
Apesar do risco, o uso desses dispositivos na saúde chegou para ficar. Afinal, através deles tornou-se possível aos cardíacos ter os seus dados monitorados à distância sendo, inclusive, informados da necessidade de ir ao hospital através de alertas do wearable; do acompanhamento da taxa de glicose de forma regular com o apoio do monitor contínuo de glicose (CGM); acompanhamento da evolução de sintomas de Parkinson; entre outros.
Através da IoT, também foi permitida a presença de exames menos invasivos e de leitos hospitalares inteligentes cujo objetivo está em informar a melhor posição para a acomodação do paciente.
Essas são apenas algumas das vantagens de ter a tecnologia e, por consequência, a presença da transformação digital na saúde. Mas, para que ela continue sendo benéfica e somando ao diagnóstico do atendimento assistencial, é necessário o investimento na segurança das redes às quais a IoT é interligada evitando-se, dessa forma, o compartilhamento de informações indevidas e exposição dos seus usuários.
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JULIANA MARIA HENRIQUE REGIS
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