D20 entrega propostas ao G20 e destaca inclusão de pessoas com deficiência

O Instituto Jô Clemente (IJC) realizou, no dia 14 de novembro, o evento D20 (Deficiência 20), parte da programação oficial da Cúpula Social do G20. Com apoio do Disability Rights Fund (DRF), o encontro reuniu lideranças e organizações para debater a inclusão de pessoas com deficiência em agendas globais. O evento culminou na entrega de um "Pacote de Recomendações" a autoridades brasileiras, como os ministros Márcio Macêdo, Jader Filho e Wellington Dias, reforçando a necessidade de políticas inclusivas nos eixos de saúde, educação, tecnologia, justiça climática e outros.

O D20 destacou a urgência de incluir pessoas com deficiência nas discussões globais. Durante quatro meses de preparação, grupos de trabalho elaboraram propostas que foram debatidas em painéis e rodas de conversa no evento. "A inclusão vai além das leis, exige práticas diárias e políticas públicas efetivas", afirmou Daniela Mendes, superintendente-geral do IJC, que vê o D20 como um marco no debate global sobre inclusão.

O evento contou com a participação de 41 organizações, incluindo a ANDI, Instituto Alana e a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down. A mobilização reafirmou o papel essencial das pessoas com deficiência na construção de políticas públicas e soluções para problemas globais. "O protagonismo e a autonomia dessas pessoas são fundamentais para uma sociedade mais justa", disse Deisiana Paes, coordenadora do IJC.

Entre as demandas apresentadas, destacou-se a importância do acesso a tecnologias assistivas, cooperação internacional e criação de comunidades acessíveis. "É essencial garantir que todos possam exercer seus direitos e viver em ambientes inclusivos", reforçou Vanessa Romanelli, pesquisadora do IJC, que defendeu a integração de modelos globais ao contexto brasileiro.

As recomendações do D20 continuarão a ser apresentadas a autoridades brasileiras e internacionais ao longo do mês. A iniciativa busca influenciar o G20 e outras esferas de governança, promovendo um futuro inclusivo e equitativo. O movimento reafirma que a participação ativa de pessoas com deficiência é essencial para o fortalecimento da democracia e para decisões que atendam a todas as pessoas.