*Por Jamil Mouallem Com as crescentes demandas do mercado tecnológico, especialmente com o avanço das operações de data centers e o surgimento de novas soluções baseadas em Inteligência Artificial (IA), surge a necessidade de equilibrar eficiência digital e responsabilidade ambiental. Recentemente, a Futurecom, um dos principais eventos do setor de Telecomunicações da América Latina, destacou algumas tendências para 2025, reforçando a importância desse equilíbrio. No centro desse debate estão os data centers, que desempenham um papel crucial no processamento de dados e na operação de serviços em nuvem.
Um relatório publicado em julho desse ano pelo Santander sobre o mercado brasileiro de data centers revelou que o setor segue em crescimento acelerado, atingindo US$ 4,6 bilhões no ano passado, uma participação de 1,4% do mercado global. A estimativa da Statista - plataforma online alemã especializada em coleta e visualização de dados e pesquisas de mercado - é que esse segmento cresça para US$ 6,5 bi em 2028, um número expressivo que pode ser ainda maior com a popularização e massificação de aplicações baseadas em GenAI - que exige uma capacidade de processamento gigantesca e um consumo de energia brutal. Para se ter uma ideia, uma pesquisa no ChatGPT consome, em média, 10x mais energia que uma busca no Google.
Esse cenário revela um mercado de imenso potencial, tanto em termos de modernização de negócios quanto na sustentabilidade das operações, especialmente considerando que muitas empresas brasileiras ainda não utilizam data centers em suas operações de TI.
A IA e os data centers: potenciais e desafios Empresas que desejam incorporar IA em suas operações devem estar atentas à implementação de políticas rígidas de segurança de dados, especialmente em um cenário onde as informações pessoais e confidenciais são cada vez mais valiosas. A combinação de infraestrutura tecnológica robusta, práticas de sustentabilidade e conformidade com a legislação de proteção de dados é o caminho para garantir que as inovações tecnológicas ocorram de maneira segura e responsável.
O crescimento das operações em nuvem e a utilização de IA nas empresas prometem revolucionar diversas indústrias, otimizando processos e gerando
insights mais precisos e eficientes. Contudo, a IA por si só não é uma solução mágica. Para que traga os resultados esperados, é necessário que as empresas saibam implantá-la de maneira correta, integrando-a com seus sistemas e processos de forma eficaz. Um ponto frequentemente subestimado nesse debate é a infraestrutura necessária para suportar essa transformação tecnológica. Os nobreaks, estabilizadores e filtros de linha são essenciais para manter os sistemas funcionando durante quedas de energia e proteger contra picos de tensão, evitando danos aos equipamentos e perda de dados. Eles oferecem uma fonte de energia de emergência e também soluções de estabilização e filtragem, garantindo que a energia fornecida seja limpa e constante, evitando interrupções, danos aos componentes e falhas nos sistemas. Essas ações preventivas ajudam a prolongar a vida útil dos data centers, reduzindo custos de manutenção e prevenindo prejuízos causados por paradas inesperadas. Além disso, esses dispositivos otimizam o uso de energia e contribuem para operações mais sustentáveis, tornando o investimento em soluções robustas fundamental para garantir a continuidade e a eficiência nas operações críticas.
Os data centers, essenciais para operações digitais e IA, enfrentam uma crescente demanda por maior robustez e sustentabilidade. Com a expansão das operações de nuvem e o potencial inexplorado de IA, o Brasil tem uma oportunidade única de crescimento no setor, mas é crucial que esse avanço seja orientado por práticas verdes, como a otimização do consumo energético e o uso de fontes renováveis. A tecnologia pode equilibrar inovação e preservação ambiental, e as tendências para 2025 reforçam que adotar soluções sustentáveis é uma necessidade, posicionando os data centers como protagonistas nessa transformação. É hora de adotar práticas que alinhem inovação, segurança e responsabilidade ambiental.
*Jamil Mouallem é diretor Comercial e de Marketing da TS Shara, indústria nacional fabricante de nobreaks, inversores e estabilizadores de tensão e protetores de rede inteligente. Informações para imprensa: Capital Informação Adriana Athayde –
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