06/11/2024 às 05h46min - Atualizada em 07/11/2024 às 04h10min

Profissionais do Rio se unem para cidade voltar a ser protagonista na moda brasileira

Moda Rio 5.0 Summit reuniu personalidades do segmento na Casa Firjan, em Botafogo

Monica Ramalho
Purpurina CC. | de Julia Casotti
Chris Juruna

O Moda Rio 5.0 Summit atraiu importantes personalidades da moda brasileira na última segunda-feira, 4 de novembro, para a discussão do futuro da moda no Rio de Janeiro. A capital carioca já ditou as tendências nacionais, mas está afastada desse talento natural desde a última edição do Fashion Rio, em  2013. O fórum de debates, realizado na Casa Firjan, em Botafogo, defendeu a união dos profissionais de todo o setor para construir, a muitas mãos e pensamentos, um novo marco da moda na cidade. Profissionais capacitados para o uso de tecnologias, incluindo rastreamento de cadeia em blockchain e gestão criativa com inteligência artificial, além da criação do Museu da Moda foram alguns dos assuntos debatidos.

Enquanto o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, destacou a criação de mais de 4 mil vagas para formar mão de obra no setor têxtil e de confecção, o presidente do Moda Rio, Victor Antônio Misquey, disse com entusiasmo: "O Rio sempre foi referência  em todos os aspectos da moda brasileira e perdeu isso. Vamos arregaçar as mangas e nos unir. Vamos mobilizar os empresários, o poder público, a imprensa especializada. Vamos repensar e construir juntos um futuro significativo na moda, gerando mais renda e empregos", conclamou.

"A promoção de eventos de moda e a retomada do protagonismo carioca no setor fazem parte da agenda da cidade. Os grandes eventos têm um papel muito importante na movimentação econômica carioca", afirmou o subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura do Rio, Marcel Balassiano. Ele reforçou que a moda integrada à economia criativa é uma alavanca importante para o desenvolvimento econômico da cidade, gerando empregos, atraindo turistas e consolidando o Rio de Janeiro como um polo de inovação e cultura no Brasil e no mundo.



Ao mesmo tempo em que "a moda está sendo muito bem recebida pelas plataformas de tecnologia, como o próprio Rio Innovation Week e a Rio2C", na visão da empresária Olivia Merquior, "ainda falta mão de obra qualificada para inovar a linha de produção das grifes", lacuna que os cursos Sesi Firjan buscam preencher. Olivia é a curadora do Moda Rio 5.0 Summit e atua como CEO da Iara, pioneira em projetos de moda que fazem uso de tecnologias imersivas.

"Sou um símbolo da importância da semana de moda. Fui lançado num Fashion Rio antes de trabalhar no São Paulo Fashion Week", pontua o estilista Carlos Tufvesson, presidente do Conselho da Moda da Prefeitura do Rio. Para ele, o prefeito Eduardo Paes entendeu que a moda é parte da identidade do Rio, mas afirma ser importante que exista também um plano federal. "Sou de uma época em que íamos para Paris olhar como os franceses se vestiam. Agora são eles que vêm pra cá ver como o carioca se veste. Não temos que seguir tendência, somos a tendência. Vejo a moda com um extremo poder de transformação que não é totalmente explorado", contemporiza.

Estavam presentes estilistas renomados, como Lenny Niemeyer, Isabela Capeto, Marta Ciribelli, Lanza Mazza, Claudia Jatahy, assim como o empresário e diretor Moda Rio, Ulisses Betbeder, a diretora de Novos Negócios Rio Innovation Week, Luciana Potsch, a head de estratégia e marketing do Rio2C, Tatiana Ribeiro, o diretor de tecnologia do grupo Soma, Alisson Calgaroto, o diretor da Babilônia Feira Hype, Robert Guimarães, a jornalista Hildegard Angel, a diretora criativa da Blue Man, Sharon Azulay, e representantes de entidades como Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).



A parte da tarde seguiu com mais painéis gratuitos e abertos ao público mediante inscrição. Entre eles, foram discutidos temas como a inteligência artificial que está moldando o atendimento ao cliente, sustentabilidade e análise de dados, abordando as melhores práticas para otimizar processos, melhorar a eficiência e aumentar a competitividade das empresas no mercado global. O rastreamento de produtos e como algumas ferramentas podem promover práticas mais responsáveis e transparentes na cadeia produtiva também foram destaques.


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MONICA CRISTINA RAMALHO CUNHA
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