As mudanças climáticas têm sido uma preocupação crescente em todo o mundo, trazendo consigo uma série de alterações no meio ambiente que afetam diretamente a saúde humana.
O aumento da temperatura global, a irregularidade das chuvas e a intensificação de eventos climáticos extremos, como longos períodos de estiagem, são alguns dos sinais mais evidentes dessas mudanças.
Essas condições não apenas alteram o ecossistema, mas também refletem na qualidade do ar, contribuindo para a redução da umidade atmosférica em diversos locais. Esse fenômeno, especialmente pronunciado em locais como o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, pode gerar consequências preocupantes para a saúde respiratória da população.
A umidade relativa do ar – que representa a quantidade de vapor d’água presente na atmosfera, em comparação ao que ela poderia conter – é um dos principais indicadores de bem-estar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ideal está entre 50% e 80%.
No entanto, durante certas épocas do ano, como no inverno e em períodos de seca prolongada, esse índice pode cair drasticamente, às vezes abaixo de 30%, colocando em risco a saúde de muitas pessoas. Quando isso ocorre, as mucosas, que protegem as vias aéreas, tendem a ressecar, facilitando o surgimento de problemas respiratórios.
Além disso, a presença de substâncias poluentes e alérgenos cresce, uma vez que as partículas de poeira e umidade permanecem suspensas por mais tempo, o que torna mais provável a inalação de agentes prejudiciais. Nesse sentido, é um fator relevante no aumento de casos de rinite alérgica, uma condição caracterizada por espirros e coriza.
Ademais, outro problema comum nesses tempos é a sinusite. Quando os seios da face – cavidades cheias de ar localizadas ao redor do nariz e dos olhos – ficam inflamados e bloqueados, devido à falta de umidade, surgem sintomas como dores de cabeça, congestão nasal e, em casos mais graves, febre. Essa condição pode piorar durante os períodos de ar seco, causando grande desconforto às pessoas afetadas.
A asma, uma doença crônica das vias aéreas, também é diretamente impactada. Isso porque o ar pouco úmido pode desencadear crises, causando dificuldade de respirar, tosse e chiado no peito. Assim, as vias respiratórias de pessoas asmáticas tornam-se mais sensíveis e inflamadas quando isso acontece, aumentando o risco de complicações.
Dicas para enfrentar a baixa umidade
Para lidar com os desafios impostos pelo ar seco, é essencial adotar algumas medidas preventivas que podem minimizar os impactos no organismo. Por exemplo, manter-se bem hidratado é fundamental para garantir que as mucosas continuem a funcionar corretamente, evitando o ressecamento das vias aéreas.
Além disso, a aplicação de soro fisiológico nas narinas e nos olhos pode ajudar a aliviar o desconforto causado pelo ar seco.
Ademais, outra medida importante é o uso de umidificador de ar em ambientes internos. Afinal, esses aparelhos ajudam a aumentar a umidade, tornando o espaço mais saudável para respirar.
O cuidado com a pele também se torna crucial nesses períodos. Isso porque o ar seco não afeta apenas os pulmões, mas também a pele, que perde água mais rapidamente. Usar hidratantes corporais, especialmente após o banho e antes de dormir, ajuda a manter a pele revitalizada e protegida contra os efeitos da baixa umidade.
Assim, essas pequenas atitudes, somadas ao acompanhamento médico, são essenciais para enfrentar períodos de seca, principalmente em épocas de maior vulnerabilidade climática.
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ANDRE LUCIO ELOI DE SOUZA FILHO
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