28/10/2024 às 15h19min - Atualizada em 29/10/2024 às 00h05min

Seus colaboradores têm preparo emocional para enfrentar ciberataques?

José P. Leal Junior, country manager da Veeam no Brasil

CAREN GODOY
José P. Leal Junior, country manager da Veeam no Brasil

Os ataques cibernéticos são uma ameaça crescente que afeta não apenas a infraestrutura tecnológica das empresas, mas também o bem-estar emocional das equipes de trabalho. De acordo com a Cybersecurity Ventures, os custos globais com crimes cibernéticos devem ultrapassar US$ 10,5 trilhões por ano até 2025, com o ransomware sendo uma das maiores ameaças. O Relatório de Tendências de Ransomware 2024 da Veeam revela que 93% das empresas sofreram pelo menos um ataque de ransomware nos últimos 12 meses, o que destaca a alta frequência e a pressão sobre as equipes.

Problemas emocionais antes e durante os ataques

  • Ansiedade antecipatória: o medo constante de ataques iminentes gera estresse nas equipes, que precisam estar sempre alertas para possíveis incidentes.
  • Pressão intensa durante o ataque: quando um ataque ocorre, há grande pressão para restaurar sistemas e proteger dados rapidamente. O tempo médio de recuperação após um ataque é de 18 dias, segundo a Veeam, o que representa um período prolongado de tensão.
  • Sensação de falha e culpa: os profissionais frequentemente sentem-se responsáveis pelos ataques, mesmo quando seguiram os protocolos de segurança, o que pode gerar frustração e desmotivação.
  • Burnout: o acúmulo de pressão e estresse pode levar ao esgotamento emocional, prejudicando a saúde mental e a eficácia da equipe.

Importância além dos aspectos tecnológicos

Além de fortalecer as defesas digitais, é crucial cuidar do fator humano, pois o esgotamento emocional pode comprometer a capacidade de resposta durante um incidente. Profissionais desgastados tendem a tomar decisões erradas e a colaborar menos eficientemente, além de a retenção de talentos ser prejudicada em ambientes de alta pressão.

Como resolver ou amenizar o problema

  • Treinamento e simulações: realizar treinamentos regulares para preparar as equipes e reduzir o impacto emocional em incidentes reais.
  • Suporte emocional: implementar programas de apoio psicológico e promover um ambiente onde as preocupações possam ser compartilhadas sem julgamentos.
  • Rodízio de funções e pausas: criar rotinas que incluam descansos para reduzir a carga emocional.
  • Ferramentas de automação: utilizar tecnologias para automatizar tarefas rotineiras, permitindo que as equipes se concentrem em atividades mais críticas.

Enfrentar os problemas emocionais relacionados a ataques cibernéticos é tão essencial quanto lidar com os aspectos tecnológicos. A combinação de medidas preventivas, suporte psicológico e ferramentas adequadas pode fortalecer a resiliência das equipes e a capacidade de recuperação das empresas.

*José P. Leal Junior é country manager da Veeam no Brasil


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CAREN GODOY DE FARIA
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