25/10/2024 às 16h01min - Atualizada em 27/10/2024 às 16h41min

Desmistificando o mercado de lubrificantes

Com tantas opções, é essencial que os consumidores entendam suas necessidades e analisem as características de cada produto para realizar a melhor escolha.

Stephanie Ferreira
Divulgação

 

O mercado de lubrificantes pode parecer complexo e confuso à primeira vista, mas entender os fundamentos pode ajudar na escolha do produto certo para suas necessidades.  

 

Atualmente, o segmento de lubrificantes automotivos da América do Sul é estimado em 1,6 bilhão de litros em 2024, e deve atingir 1,72 bilhão de litros em 2026. Com esse crescimento na indústria e uma variedade de opções para escolher, é importante que os consumidores entendam do assunto e saibam como selecionar o melhor produto. 

 

Este artigo busca oferecer clareza sobre os diferentes tipos de lubrificantes e o que considerar ao fazer uma escolha. 

 

Os tipos de lubrificantes 

Os lubrificantes podem ser classificados em duas categorias principais: minerais e sintéticos. Os lubrificantes minerais, derivados do petróleo, são os mais comuns no mercado, oferecendo proteção básica. Eles são amplamente utilizados em veículos de passeio e máquinas industriais, mas sua resistência à degradação pode ser limitada em condições extremas, o que pode impactar seu desempenho em aplicações que exigem mais robustez.  

 

Por outro lado, os lubrificantes sintéticos são produtos produzidos por meio de processos químicos controlados, o que resulta em um desempenho superior em comparação aos minerais. Esses lubrificantes apresentam maior resistência à oxidação e ao desgaste, além de se comportarem bem em temperaturas extremas. Essa categoria é particularmente adequada para veículos de alta performance e aplicações industriais exigentes, onde a proteção e a eficiência são essenciais.  

 

Afinal, qual tipo de lubrificante é o ideal? A verdade é que temos vários! Cada consumidor precisa de um produto para uma diferente finalidade, por isso é importante considerar alguns pontos.  

 

Compatibilidade com o equipamento 

Cada veículo ou máquina possui especificações técnicas que determinam o tipo de lubrificante mais adequado. Utilizar um produto que não atenda a essas especificações pode resultar em danos ao motor ou aos componentes internos, além de anular garantias.  

 

Um estudo da SAE Internacional (Society of Automotive Engineers) revelou que 38% dos problemas mecânicos em veículos são atribuídos ao uso de lubrificantes inadequados. Com isso, é sempre recomendável consultar o manual do fabricante ou as recomendações do profissional responsável pela manutenção.  

 

É importante considerar o tipo de atividade para qual o equipamento será utilizado. Por exemplo, lubrificantes desenvolvidos para condições de alta carga e pressão são essenciais em máquinas industriais, enquanto veículos de passeio podem se beneficiar de lubrificantes com aditivos específicos para reduzir o atrito e o desgaste.  

 

A escolha errada pode levar a falhas inesperadas, comprometendo a operação do equipamento e o resultando em custos adicionais de reparo. 

 

Condições de operação 

As condições de operação que o equipamento atuará também influenciam na escolha do lubrificante. Se o equipamento estiver exposto a temperaturas extremas, um lubrificante sintético pode ser a melhor opção, pois oferece maior resistência à oxidação e ao desgaste.  

 

Os lubrificantes sintéticos mantêm suas propriedades em intervalos de temperatura mais amplos, garantindo um desempenho consistente, mesmo nas situações mais desafiadoras. 

 

Por outro lado, em ambientes com alta contaminação, como áreas industriais, é vital escolher um lubrificante que tenha aditivos de limpeza e proteção. Esses aditivos ajudam a manter o sistema lubrificado e livre de impurezas, prolongando a vida útil do equipamento. 

 

Considerar as condições de operação melhora o desempenho e assegura a durabilidade do equipamento. 

 

Custo e benefício 

Embora os lubrificantes sintéticos apresentem um custo inicial mais elevado, eles oferecem um desenho superior que pode gerar economias a longo prazo. Devido à sua composição química, eles permitem intervalos maiores para troca de óleo - entre 7.500 e 15.000 milhas, de acordo com o Kelly Blue Book - o que significa menos paradas para manutenção e menores custos operacionais. 

 

Por outro lado, os lubrificantes minerais, com preços mais acessíveis, são uma opção mais viável para quem deseja minimizar custos imediatos. Eles são amplamente utilizados em veículos de passeio e máquinas que não operam em condições extremas. Contudo, seu desempenho é limitado, exigindo trocas mais frequentes e, potencialmente, aumentando custos a longo prazo. 

 

Ao avaliar o custo-benefício, é fundamental considerar as necessidades específicas do equipamento e o orçamento disponível.  

 

Fazendo escolhas inteligentes  

A tarefa de escolher o lubrificante ideal pode ser desafiadora, mas com um entendimento claro dos tipos disponíveis, de suas funções e dos fatores essenciais, a decisão se torna mais fácil.  

 

Considerar a compatibilidade com o equipamento, as condições de operação e custo-benefício são etapas fundamentais para assegurar que o lubrificante selecionado atenda às necessidades do veículo ou da máquina. 

 

Compreendendo esses aspectos, o consumidor está mais capacitado para tomar uma decisão que só prolonga a vida útil do equipamento e otimiza os custos.  

 

A escolha adequada do lubrificante impacta diretamente a eficiência e a durabilidade, garantindo um desempenho superior em diversas condições de uso.  

 

*Filipe Arges é fundador da Menzoil Lubrificantes 


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STEPHANIE FERREIRA
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