É natural que os estudantes sejam mais familiarizados com o ambiente digital do que os professores. Afinal, a maioria deles cresceu e nasceu cercado de tecnologia, tendo contato com games, redes sociais e outros recursos virtuais. No entanto, é crucial capacitar educadores para que possam acompanhar essa evolução tecnológica nos processos de aprendizagem.
Mesmo com amplo conhecimento sobre o mundo digital, os jovens nem sempre utilizam as ferramentas de aprendizagem de maneira eficaz. Às vezes isso acontece devido à ferramenta utilizada, que não é intuitiva o bastante. Ou porque as instituições de ensino superior (IES) estão deixando de capacitar educadores para o ambiente digital.
Para Isabella Stulp, CEO da Realize, edtech focada no nicho de produção de conteúdo à distância (EAD), a missão dos docentes no universo digital vai muito além do domínio da tecnologia. “Claro que é preciso capacitar educadores para que tenham amplo conhecimento sobre os recursos de um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e outras soluções desenvolvidas para a educação a distância, mas também é essencial que saibam usar essas ferramentas de forma estratégica”, afirma.
Visto isso, a CEO separou cinco motivos para capacitar os educadores para o ambiente digital. São eles:
Aprimoramento de competências – Os professores desempenham uma importante função no desenvolvimento das habilidades de seus alunos, seja preparando para a vida ou para o mercado de trabalho. Mas, para isso, é preciso capacitar educadores e aprimorar suas próprias competências digitais. É por meio delas que o docente saberá como explorar as Tecnologias Digitais de Informação e da Comunicação (TDICs) em atividades de formação continuada. Isso também irá se refletir em seu desenvolvimento pessoal e na melhoria de suas práticas pedagógicas.
Olhar crítico e atitude ética – A Lei nº 14.533, de janeiro de 2023, que tornou obrigatória a oferta de educação digital em todas as instituições públicas de ensino no Brasil, pressupõe “a construção de atitude crítica, ética e responsável em relação à multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais”. Por maior que seja sua afinidade com a tecnologia, nem sempre os jovens têm uma percepção clara do que pode e o que não pode ser feito nesse ambiente. Cabe aos educadores mostrar aos estudantes que o mundo digital é uma extensão do real e não um universo à parte, sem responsabilidades e consequências.
Promoção da segurança – A segurança digital é uma preocupação crescente, especialmente quando se trata de crianças e jovens. Educadores que tenham conhecimento sobre esse ambiente podem atuar de forma preventiva, orientando sobre práticas seguras na internet e promovendo a proteção dos alunos contra ameaças on-line e conteúdo inadequado.
Promoção da inclusão – Não basta dar acesso a um computador ou celular com internet. A verdadeira inclusão consiste no desenvolvimento de iniciativas que considerem os recursos tecnológicos como fomentadores de autonomia e protagonismo. A Política Nacional de Educação Digital prevê, por exemplo, o ensino de robótica e programação, conhecimentos importantes para ajudar os estudantes a ingressarem no mercado de trabalho. Capacitar docentes para atuar como agentes facilitadores é um modo de garantir que todos tenham acesso às oportunidades proporcionadas pela tecnologia.
Aprendizagem com engajamento – Nativos digitais tendem a ser mais participativos se as aulas dialogarem com eles. Educadores que saibam explorar os recursos do ambiente virtual aumentam seu repertório pedagógico. Ao recorrer a abordagens de ensino interativas e estimulantes, os professores tornam os estudantes protagonistas desse processo de aprendizagem, garantindo, também, maior engajamento da classe.
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Gabriela Calencautcy
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