canvaA gestão de condomínios no Brasil tem passado por grandes transformações em 2024, impulsionadas por novas legislações e inovações tecnológicas. O aumento da demanda por administração eficiente e a busca por maior transparência têm motivado mudanças significativas nas práticas condominiais. Com mais de 27 milhões de brasileiros vivendo em condomínios, a atualização das ferramentas de gestão e das regras financeiras se tornou crucial para atender às necessidades desse segmento em expansão.
Um dos maiores desafios enfrentados pelos condomínios é a inadimplência. Embora tenha sido um problema crescente desde 2020, as expectativas para 2024 são otimistas. A recente promulgação da Lei nº 14.905/2024 trouxe mais clareza na cobrança de dívidas condominiais, padronizando os índices de correção monetária e os juros aplicados. Agora, o IPCA e a taxa Selic são os novos referenciais, proporcionando mais segurança jurídica tanto para moradores quanto para administradores.
De acordo com Gustavo Ferreira, CEO da Administradora de Condomínios Fesan, o uso de tecnologias digitais nas assembleias tem sido um diferencial importante. “As assembleias de condomínio são fundamentais para a transparência e o engajamento dos moradores nas decisões importantes. A utilização de plataformas digitais tem se mostrado um excelente meio para aumentar a participação e a eficiência desses encontros,” destacou Ferreira.
Outro ponto de destaque em 2024 é a crescente adoção de práticas sustentáveis. Condomínios em todo o Brasil têm investido em soluções que incluem eficiência energética e a gestão inteligente de resíduos, o que não só reduz os custos operacionais, mas também valoriza os imóveis. Práticas como o uso de paineis solares e a instalação de sistemas de captação de água da chuva estão entre as inovações mais implementadas.
Além disso, a profissionalização da gestão condominial está em alta. Com as exigências legais se tornando mais complexas, síndicos profissionais são cada vez mais requisitados para assegurar a conformidade com as novas legislações e garantir uma administração eficaz. Esse movimento, que começou há alguns anos, se consolidou em 2024, elevando o nível de qualidade nos serviços prestados.
As mudanças na legislação também facilitaram o acesso dos moradores às decisões condominiais. As novas regras permitem, por exemplo, a realização de assembleias virtuais, que têm ampliado a participação dos condôminos, especialmente em grandes condomínios. Essa inovação é vista como um avanço, já que torna o processo decisório mais inclusivo e eficiente.
Em termos de sustentabilidade, a gestão de resíduos e a eficiência energética continuam a ser temas centrais. Muitos condomínios têm implementado programas de reciclagem e economizado com o uso de tecnologias verdes, o que não só melhora a convivência, mas também torna os empreendimentos mais atrativos para investidores.
Por fim, a padronização nas regras de cobrança de dívidas, com a adoção do IPCA e da Selic, trouxe mais previsibilidade para os moradores e segurança financeira para os gestores. Isso ajuda a evitar surpresas e garante uma gestão mais clara e transparente para todos.
Com essas mudanças, o setor condominial avança em direção a uma administração mais profissional, transparente e sustentável, elevando a qualidade de vida dos moradores e garantindo a valorização dos imóveis.
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MARCOS MOREIRA CANGUSSU
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