Os atletas da primeira fase do JUBs (esportes individuais) se despedem depois de seis dias de concentração, preparação física, psicológica e, claro, muito suor. Foram mais de 1700 estudantes, sendo 101 paradesportistas, 163 técnicos e 257 dirigentes de todos os estados do Brasil, além do Distrito Federal. Cerca de três mil pessoas envolvidas, segundo a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), organização do evento, somando árbitros, membros da organização e voluntários.
Neste domingo (13), dia da despedida dos atletas, o Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) - um dos 13 locais de competições e que também funcionou como hospedagem e centro administrativo do JUBs - seguia movimentado. Bagagens espalhadas, medalhas guardadas, cansaço e muita história para contar.
Como os estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais. Reunidos no Boulevard dos Atletas, carregando celulares para a viagem de volta, com cerca 18 horas de duração, eles conversavam sobre esta primeira semana de competição.
Daniel Araújo cursa o quarto período de Zootecnia, é velocista dos 100m rasos, mas competiu também no salto em altura. Não ganhou medalha, mas leva para casa aprendizado.
“O nível da competição foi muito alto. Era a minha primeira vez no JUBs. Vi que preciso me dedicar mais e, no ano que vem, vou sair daqui com medalha no pescoço. Foi o maior evento que participei na minha vida. Superou todas as minhas expectativas, nunca vi algo tão insano. Vou me esforçar demais para vir nos próximos”.
Thayana Soares não é “caloura” de JUBs. Ela concluiu o curso de Educação Física na UFV na semana anterior ao evento e competiu em provas de fundo de 5kms e 10kms. Ela já tinha competido no basquete no início da faculdade, mas admitiu que correr em Brasília não foi nada fácil.
“Treinei em climas de pico, nas piores condições, mas nada se compara. Mesmo as atletas que estavam acostumadas falaram que realmente estava duro. Esta é minha última competição. O JUBs mudou muito da primeira vez que vim. Este tipo de socialização não era frequente antes, está incrível”.
Ana Carolina Prado, que nadou os 400 metros livre apenas 19 anos, já pensava no retorno.
“Agora são 18 horas de volta, né? Cansativo. Vim com um friozinho na barriga, mas aqui deu tudo certo, com a troca de experiências com outros estudantes. Superou minhas expectativas. A piscina estava um pouco lenta, mas não atrapalhou”.
Dentro do grupo de Viçosa havia uma intrusa. Rebeca Bamberg. Pós-graduanda em Fisioterapia Esportiva pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A “inimiga íntima” veio competir no salto em distância e deixou as rivalidades locais de lado por um bem maior.
“As meninas aqui ficaram brincando comigo, falando da UFMG, mas tem que levar na esportiva. Todo campeonato acontece isso. Quando as competições são lá em Minas Gerais a rivalidade fica mais acirrada, mas aqui somos uma coisa só, representando o estado”, brincou.
Viagem de volta para atletas de tênis, tênis de mesa, tênis de mesa paradesportivo, atletismo, atletismo paradesportivo, judô, taekwondo, natação, natação paradesportiva, jiu-jítsu, breaking, badminton, badminton paradesportivo, basquete 1x1, Clash Royale, Free Fire, League of Legends. Ao todo foram distribuídas 823 medalhas ( 327 ouros, 230 pratas e 264 bronzes) além de 109 troféus ( 37 de ouro, 34 de prata e 37 de bronze).
* Maurício Costa viajou à Brasília a convite da CBDU
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