10/10/2024 às 11h28min - Atualizada em 12/10/2024 às 00h03min
É hora de priorizar a saúde mental no ambiente de trabalho
Agenor Santana
Divulgação Por Silvia Rezende, psicologia** A saúde mental no ambiente de trabalho é um tema de crescente importância, refletindo a necessidade de uma abordagem holística do bem-estar dos funcionários. A celebração do Dia Mundial da Saúde Mental, em outubro, serve como um lembrete vital da necessidade de abordar proativamente o estigma e promover uma cultura de apoio e compreensão nas organizações. Criar ambientes de trabalho que valorizam a saúde mental não apenas melhora a qualidade de vida dos trabalhadores, mas também impulsiona a inovação e a eficiência. Empresas que priorizam o bem-estar dos funcionários tendem a observar uma redução no absenteísmo e uma força de trabalho mais engajada e produtiva. A implementação de programas de bem-estar, treinamentos sobre saúde mental e a disponibilização de recursos para apoio psicológico são medidas que podem fazer uma diferença significativa. Além disso, a liderança pode desempenhar um papel crucial ao modelar comportamentos saudáveis e ao estabelecer políticas que promovam equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A conscientização envolve a compreensão de que todos têm um papel a desempenhar. Desde a gestão até os colegas de trabalho, é essencial que haja uma comunicação aberta e sem julgamentos. Isso pode incluir a criação de espaços seguros para conversas, o incentivo ao diálogo sobre experiências pessoais e a promoção de atividades que reduzam o estresse e aumentem o bem-estar coletivo. Um ambiente saudável e não tóxico no trabalho vem ganhando espaço e relevância no mundo corporativo. A integração de políticas de saúde mental nas estratégias de recursos humanos reflete uma compreensão profunda de que o bem-estar dos funcionários está intrinsecamente ligado ao sucesso da organização. A valorização da diversidade e a atenção às necessidades individuais são práticas que demonstram não só responsabilidade social, mas também visão estratégica. Empresas que adotam essas práticas se destacam como líderes inovadores e responsáveis, atraindo e retendo talentos, e estabelecendo um ambiente de trabalho positivo que favorece a resiliência e a produtividade. Ao priorizar a saúde mental, as organizações não só cumprem com suas responsabilidades éticas, mas também se posicionam como modelos de sustentabilidade e inovação no cenário global. Investimentos em programas de bem-estar emocional podem resultar em uma força de trabalho mais engajada e menos suscetível a estresse e doenças ocupacionais. Isso não apenas melhora a qualidade de vida dos colaboradores, mas também reduz custos com afastamentos e aumenta a eficiência operacional. Treinamentos específicos para gestores são essenciais para criar uma cultura de suporte e compreensão, onde os fatores de risco são identificados e gerenciados proativamente. A colaboração entre governos, empresas e entidades representativas é fundamental para desenvolver políticas robustas de saúde mental. Essas políticas devem ser inclusivas e abrangentes, garantindo que todos os níveis da organização estejam equipados para promover um ambiente de trabalho saudável. Embora governos e empregadores tenham a responsabilidade de proteger e promover uma cultura não tóxica no trabalho, os indivíduos também podem tomar medidas para apoiar seu próprio bem-estar. Aprender técnicas para gerenciar o estresse e ficar atento às mudanças na saúde mental são passos importantes. Se necessário, procurar apoio de um amigo confiável, membro da família, colega, supervisor ou profissional de saúde pode fazer uma grande diferença. Com 60% da população mundial trabalhando, é urgente garantir que o trabalho evite riscos à saúde mental e promova um ambiente de apoio. Empregadores e colegas podem ser agentes de mudança, combatendo o estigma e incentivando discussões abertas sobre saúde mental. Identificar sinais de problemas comuns, como depressão, e encorajar a busca por ajuda são passos essenciais. Sobre Silvia Rezende Graduada em Pedagogia e Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Silvia possui especialização em Terapia Comportamental Cognitiva em saúde mental pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ela é a coordenadora técnica da Clínica de Psicologia LARES e professora do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Silvia atua também como psicóloga colaboradora no IPQ HC FMUSP e no Programa de Psiquiatria Social e Cultural (PROSOL), um grupo do Instituto de Psiquiatria da FMUSP. Ela é filiada à Federação Brasileira de Terapias Cognitivas. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
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