A relação da humanidade com o poder sempre foi rodeada pelos excessos, e do seu péssimo uso para o bem comum. Desde os trogloditas aos mais ‘cultos’, essa chamada ‘mosquinha’ tem o ‘poder’ transformador. Os pequenos prazeres dos medíocres, como os professores que descontam 5 décimos da nota de um aluno, ou que chega para ministrar aula mais de 15 minutos atrasados: eu posso! As relações de poder nunca são equitativas.
Quando nos voltamos as mais diversas teorias, temos em Pierre Bourdieu que o poder é exercido de maneira sutil, por meio de práticas sociais e culturais, e está incorporado nas estruturas sociais que determinam o que é valorizado ou reconhecido como legítimo em uma sociedade. Então, descontar nota, desrespeitar subordinados, ser rápido se legitima pela autoridade do cargo ou da função.
Num prisma próximo, Michel Foucault, o poder é um fenômeno onipresente, sutil e capilar, que opera por meio de normas, práticas e discursos e que molda o comportamento e as subjetividades humana, está em tudo, tal qual a sátira do ‘Porteiro’ que tem o poder de liberar, dificultar ou negar o acesso, usando e abusando dessa prerrogativa, pouco se importando com o que é justo. Ah, o pequeno poder.
E, para apimentar mais a discussão, trago que esses pequenos poderes, muitas vezes são exercidos pelos medíocres, que são indivíduos sem grandes competências, visão ou méritos podem ocupar posições de poder e, a partir disso, tomar decisões que afetam negativamente os demais. E, há de se concordar que encontramos diversos destes em nossas vidas, às vezes, em pencas.
Ainda na visão de Foucault, sendo o poder algo que circula em redes e é sempre exercido, ao olhar os medíocres, esses indivíduos que ocupam essas posições sem o devido preparo, reforçam sistemas de controle autoritários ou incompetentes. Eles não compreendem o impacto de suas decisões ou não são capazes de navegar pelas complexas dinâmicas de poder e saber de forma produtiva, resultando em um uso destrutivo do poder.
Com isso, tem-se que a nossa crítica ao uso do poder por pessoas medíocres está centrada na ineficiência, na falta de mérito e no impacto negativo que decisões mal tomadas podem ter na sociedade, organizações e na própria dinâmica de poder, visto que estes promovem o controle e a repressão, em vez de uma liderança baseada em competência e inovação.
Em síntese, o uso do poder por pessoas medíocres pode ter efeitos profundos e prejudiciais
*Elizeu Barroso Alves é Doutor em Administração e Coordenador dos cursos de Gestão Comercial, Gestão Estratégica Empresarial e Varejo Digital no Centro Universitário Internacional Uninter.
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VALQUIRIA CRISTINA DA SILVA
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