A prisão de um vereador em plena luz do dia chamou a atenção de quem passava pelo local. O vereador e candidato à reeleição Aquiles da Silva Ribeiro (MDB), conhecido como Aquiles do Valdo, foi detido pela polícia nesta quinta-feira (03), supostamente por estar conduzindo um carro com ordem de busca e apreensão. O incidente ocorreu quando o parlamentar retornava de uma viagem de trabalho a uma cidade vizinha.
Acompanhado por sua irmã e assessores, Aquiles do Valdo foi levado à delegacia de São Raimundo Nonato, mas não chegou a ser formalmente ouvido antes de ser liberado. O candidato considerou a ação arbitrária e politicamente motivada, uma vez que a prisão foi acompanhada por Eduardo Aquino, delegado de polícia, e genro do Prefeito do prefeito de Dirceu Arcoverde. “Eles alegaram que o carro estava em busca e apreensão. Expliquei que não era o proprietário, apenas tinham me emprestado o veículo. Mesmo assim, fui conduzido, mas logo liberado”, afirmou Aquiles.
Segundo a legislação eleitoral, a partir de 15 dias antes das eleições, ou seja, desde o dia 21 de setembro, candidatos não podem ser presos ou detidos, exceto em flagrante delito, por crime inafiançável ou por desrespeito a salvo-conduto. Essa proteção, estabelecida pelo Código Eleitoral, tem o objetivo de garantir a igualdade e a integridade do processo eleitoral, evitando que prisões sejam usadas como ferramenta para prejudicar candidatos.
Aquiles Do Valdo e apoiadores já haviam relatado outros incidentes de violência política, causado pelo delegado de polícia que é lotado na Capital Teresina e não em Dirceu Arcoverde. Após uma reunião de trabalho em sua casa, o prefeito de Santa Cruz, Wilney Rodrigues denunciou ter sido perseguido por motoqueiros encapuzados. O caso foi informado à polícia. “Isso é uma perseguição política, um abuso de poder. Estão jogando sujo para tentar nos intimidar”, desabafou o vereador.
O caso rapidamente repercutiu na cidade, e imagens da prisão do candidato foram amplamente compartilhadas em grupos de mensagens. O vereador e sua coligação prometeram levar o caso à Justiça Eleitoral, e as autoridades policiais devem investigar o incidente.
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