25/09/2024 às 10h28min - Atualizada em 27/09/2024 às 16h04min

Setembro Amarelo: mais de 75% das pessoas trabalhadoras dizem que as empresas não têm orçamento para ações voltadas à saúde mental, aponta a Ticket

Apesar do baixo investimento, 96% dos profissionais afirmaram que o tema é importante para a gestão de pessoas nas companhias onde trabalham

THAIS E SILVA
www.ticket.com.br
Divulgação
De acordo com um levantamento da Ticket, marca da Edenred Brasil de vale-refeição e vale-alimentação, feito com mais de 150 profissionais, 75.5% deles disseram que as empresas onde atuam não têm orçamento direcionado para ações voltadas à saúde mental das equipes. Ao mesmo tempo, ainda de acordo com a pesquisa, 96% afirmaram que o tema é um aspecto importante para a gestão de pessoas em seus ambientes de trabalho. 

“São números destoantes, que revelam uma distância significativa entre teoria e prática. Apesar de entenderem a importância de políticas que promovam a saúde mental, investimentos reais e contínuos ainda estão distantes do ideal”, comenta Tatiana Romero, diretora de recursos humanos da Ticket.

Entre profissionais que disseram que as empresas onde trabalham possuem orçamento para ações de saúde mental ao longo do ano, 31% revelaram que o investimento será o mesmo de anos anteriores; 25% afirmaram que a companhia aumentará o orçamento; 2% disseram que haverá redução; e a maioria (42%) desconhece os planos da empresa. Já quando questionados se a companhia pretende realizar alguma ação em saúde mental em 2024, 49% disseram que sim, enquanto 51% responderam que não haverá nenhuma ação.
 
Questões familiares são a principal causa de problemas de saúde mental para profissionais

A pesquisa da Ticket também revelou que questões familiares são a principal causa de problemas de saúde mental nas empresas em que trabalham, com 39% das respostas. Na sequência, aparecem a sobrecarga de tarefas (22%) e a falta de reconhecimento e valorização profissional (15%).

“É natural que questões pessoais reflitam no desempenho profissional e nas relações das pessoas em seus ambientes de trabalho, afinal a vida pessoal e profissional das pessoas caminham juntas. Isso eleva a importância das empresas desenvolverem mecanismos para evitar, identificar e apoiar seus times em situações de fragilidade emocional, sejam elas relacionadas ou não com o trabalho”, comenta Tatiana Romero. 

Quando questionados se na companhia onde atuam já houve afastamento por motivo de saúde mental, 51% disseram que sim, enquanto 49% afirmaram que isso nunca ocorreu. Já sobre os transtornos mentais mais comuns, que resultaram em afastamentos, 34% mencionaram a depressão, 29% a ansiedade e 21% o estresse.

Sobre a quantidade de pessoas afastadas no ano passado por motivos de saúde mental, 87% disseram que até 10% do quadro precisaram se ausentar do trabalho, e cerca de 6% contabilizaram até 20% do total de funcionários afastados. “Também perguntamos quantas pessoas colaboradoras da empresa em que atuam podem ter problemas de saúde mental não diagnosticados. 48% estimam que até 10% do time pode estar nessa situação, 16% acreditam que até 20% podem ter problemas sem diagnóstico, e 15% acham que esse número pode corresponder a até 30% do total de funcionários”, revela a executiva.

Alterações no comportamento, com 33% das respostas, e problemas de relacionamento com colegas, com 23%, são os principais sinais de saúde mental que os entrevistados disseram observar com mais frequência nas pessoas da empresa onde trabalham. Também foram citadas as alterações no desempenho (22%), problemas de saúde física (11%) e ter que estar sempre disponível (6.5%). 

Em relação às áreas da empresa que as pessoas entrevistadas consideram ter mais problemas relacionados à saúde mental, a mais citada foi Operações, com 44.5%, seguida de Vendas, com 24%, e Finanças, com 9%. “O atual cenário corporativo tem exigido dos RHs um olhar cada vez mais individual, considerando as diferentes áreas, perfis, demandas e, quando possível, o estilo de vida de cada pessoa. Quanto mais personalizada a gestão, mais acolhido o profissional se sentirá”, conclui a diretora de RH.

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THAIS E SILVA
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