16/09/2024 às 10h38min - Atualizada em 16/09/2024 às 16h09min

9 em cada 10 mulheres com menos de 30 anos desejam ser promovidas, revela pesquisa

Alessandra Alkimïn, Professora da Human SA, explica que a falta de liderança feminina é resultado de barreiras corporativas, não de desinteresse

CARLA OS.
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Nos últimos tempos, alguns debates têm sugerido que as mulheres estariam menos inclinadas a buscar cargos de liderança. No entanto, essa noção está longe de corresponder à realidade. O relatório "Women in the Workplace 2023", elaborado pela McKinsey & Company em colaboração com a LeanIn.Org, confirma que a ambição feminina é tão forte quanto a masculina, e muitas vezes até superior. O relatório aponta, ao contrário do que se especula, nove em cada 10 mulheres com menos de 30 anos desejam ser promovidas e 75% delas têm aspirações de alcançar cargos de liderança sênior. 

A professora do curso de Liderança feminina da Human SA, Alessandra Alkimïn Costa, explica que o verdadeiro desafio não está na falta de ambição, mas nas crescentes barreiras estruturais e culturais que as mulheres enfrentam no ambiente corporativo. “As mulheres estão cada vez mais comprometidas com suas carreiras. A flexibilidade, após a pandemia, alimentou ainda mais a ambição das mulheres. Elas perceberam que é possível equilibrar trabalho e vida pessoal, sem comprometer o lado profissional. Quando as mulheres trabalham remotamente, elas enfrentam menos microagressões e têm níveis mais altos de segurança psicológica”, diz a professora. 

A pesquisa revela também que mulheres negras demonstram ainda mais determinação, com 96% afirmando que suas carreiras são uma prioridade e 88% buscando ascender para níveis mais altos.  “Esses dados mostram claramente que a ambição não é o problema. A grande questão é a falta de preparo de muitas empresas, que precisam reavaliar as estratégias de desenvolvimento de talentos, com foco em diversidade, equidade e inclusão. Isso inclui não apenas assegurar que as mulheres sejam promovidas desde os primeiros estágios de suas carreiras, mas também criar ambientes que permitam seu crescimento livres de preconceitos”, pontua Alessandra. 

Se 9 a cada 10 mulheres jovens almejam o crescimento profissional, será que estamos oferecendo oportunidades suficientes para que essa ambição se transforme em realidade? Indaga a professora. “Essa frase questiona se o mercado de trabalho está acompanhando as aspirações das mulheres e se esforçando para criar um ambiente onde elas possam prosperar e alcançar seus objetivos de carreira. E o futuro não espera. Jovens líderes já estão aqui, prontas para reescrever as regras do jogo”, finaliza. 

O relatório Mulheres no Local de Trabalho é o maior estudo sobre mulheres nas empresas dos Estados Unidos e Canadá. Este é o nono ano do relatório, onde foram coletadas informações de 276 organizações participantes que empregam mais de dez milhões de pessoas. Nessas organizações, 27 mil funcionários e 270 líderes seniores de RH foram entrevistados. O relatório fornece uma visão interseccional dos preconceitos e barreiras específicas enfrentadas por mulheres asiáticas, negras, latinas e LGBTQ+ e mulheres com deficiência. 


Sobre a Human SA:     

Grupo educacional que tem como propósito ser o maior ecossistema de educação em habilidades humanas orientadas à felicidade e bem-estar da América Latina até 2025. A instituição busca auxiliar líderes, gestores e profissionais a promoverem um ambiente de trabalho produtivo, saudável e feliz para todos os colaboradores.


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CARLA TIEKO ONAGA
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