Vencida pelas timbiras neste ano, a corrida simboliza um manifesto político-cultural em defesa do cerrado, dos direitos e dos territórios dos povos indígenas. O evento busca chamar atenção para o crescimento de plantações e de pastagens ao redor das reservas indígenas no cerrado, que tem nascentes de oito das 12 principais bacias hidrográficas do país e abriga cerca de 12 mil pessoas da etnia Timbira e 19 mil da etnia Xavante.
A madeira é passada de indígena para indígena da mesma etnia, em esquema de revezamento, quem não deixar o pedaço de tronco cair e chegar primeiro, vence. Apesar de as mulheres timbiras terem chegado na frente este ano, os organizadores do evento dizem que não há vencedores nem perdedores porque o objetivo da corrida é chamar atenção para a defesa do cerrado.
Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), as populações que fazem esse tipo de corrida vivem no Tocantins, no Maranhão, no Pará e em Mato Grosso.