Setembro/2024 - Em uma preocupante reviravolta climática, São Paulo foi recentemente classificada como a cidade com a pior qualidade do ar entre grandes metrópoles globais, de acordo com a renomada agência suíça IQAir. O índice, que monitora a qualidade do ar em tempo real em cerca de 100 grandes cidades ao redor do mundo, evidencia a gravidade da crise ambiental enfrentada pela capital paulista.
No período de agosto até a primeira semana de setembro, a Secretaria Municipal da Saúde registrou 1.523 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 76 óbitos relacionados a questões respiratórias. Esta estatística não é meramente um número frio, mas um reflexo cruel das condições ambientais adversas que estamos enfrentando.
A oscilação extrema das temperaturas, um efeito direto das mudanças climáticas, têm perturbado a rotina e a saúde dos paulistanos. Este padrão de "gangorra" climática desafia nosso conforto, mas também coloca em risco a saúde respiratória, especialmente de crianças, idosos e pessoas com condições preexistentes.
Por que a “gangorra climática” é preocupante?
As variações bruscas de temperatura têm um impacto direto no sistema respiratório. O frio extremo e o calor intenso forçam o corpo a ajustar-se rapidamente, o que pode agravar condições respiratórias preexistentes e predispor os indivíduos a novas infecções e complicações. A poluição do ar, que atinge níveis críticos em São Paulo, também contribui para a piora da qualidade respiratória, aumentando a carga sobre o sistema respiratório e favorecendo a ocorrência de crises.
Queimadas no Brasil: uma ameaça à saúde respiratória
Este ano, a temporada de queimadas no Brasil se revelou particularmente severa, afetando ao menos onze estados. A fumaça gerada por esses incêndios é uma mistura de fuligem, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis – uma receita tóxica que pode prejudicar gravemente as vias aéreas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a inalação dessa fumaça pode causar problemas respiratórios intensos, como tosse persistente, falta de ar e agravamento de condições como asma e bronquite. As crianças e os idosos, com seus sistemas respiratórios mais vulneráveis, estão particularmente em risco.
Grupos de Risco e Medidas de Prevenção
Quem está mais exposto? Crianças e idosos são os mais afetados por crises respiratórias associadas à poluição e queimadas. Doenças como asma e bronquite crônica são responsáveis por uma significativa parcela das internações infantis no Brasil e afeta cerca de 10 a 15% da população. Pessoas com condições respiratórias crônicas, problemas cardíacos e imunológicos também enfrentam riscos aumentados.
Como se proteger? Aqui estão algumas estratégias essenciais para proteger suas vias aéreas e minimizar os impactos adversos das flutuações climáticas e da poluição:
A interação entre mudanças climáticas e poluição, agravada pelas queimadas, representa uma ameaça crescente para a saúde respiratória. As flutuações extremas de temperatura e a poluição atmosférica são fatores que podem desencadear crises respiratórias, especialmente em indivíduos com condições pré-existentes.
Adotar medidas preventivas é fundamental para proteger a saúde respiratória e enfrentar os desafios impostos pelos fatores ambientais. Essas ações ajudam a minimizar os impactos negativos de poluentes, alérgenos e outras ameaças. A conscientização sobre os riscos e a preparação adequada são essenciais para melhorar a qualidade de vida e manter a saúde respiratória em boas condições.
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ANA PAULA LIMA SOARES
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