11/09/2024 às 11h15min - Atualizada em 12/09/2024 às 08h01min

“Não quero mais saber de jornalismo”, diz Diogo Mainardi a Bruno Corano

Na comemoração da live de número 50, ele falou sobre os impactos da política na sociedade

ASSESSORIA DE IMPRENSA
Bruno Corano
Bruno Corano
Para marcar as 50 lives realizadas pelo economista brasileiro Bruno Corano, que mora em Nova York (EUA), o entrevistado foi especial. Ele falou com Diogo Mainardi, nesta terça-feira (10) sobre os impactos da política na sociedade, já que Mainardi é especialista no tema.
Com um pouco de atenção, é possível perceber que Mainardi, que mora em Veneza, na Itália, há décadas, falou com um leve sotaque italiano, sobre jornalismo, livros, política e o motivo de não querer voltar ao Brasil.

Mainardi, apesar de ter feito grandes entrevistas e criado o Antagonista, não tem formação acadêmica em jornalismo. Por isso se considera um “palpiteiro”. “Entrei no jornalismo porque precisava de mais um emprego para cuidar do meu filho. Minha relação com o jornalismo é mercantil. Sou “escritor”, disse. Um dos filhos de Mainardi foi vítima de erro médico e tem paralisia cerebral.

Ele teve uma coluna na Veja em que escrevia sobre Cultura. Mas em 2002, percebia o que estava por vir, na política. Era Lula, que um ano depois assumiria a Presidência do Brasil. Mainardi o chamou de “retrógrado”, entendia que se tratava de um governo com palavras de ordem que remetiam à década de 50, e passou a abordar esse assunto, mas do ponto de vista cultural.
Em 2013, também precisando de mais recursos para cuidar do filho, aceitou o convite de Lucas Mendes, que o chamou a integrar o Manhattan Connection, programa em que segue como um dos apresentadores até hoje. “Pretendo ficar no programa até o fim. Não aguento mais o jornalismo. Estou no MC também por conta do clima familiar”.

Em 2010, Mainardi abandonou o jornalismo. Mas quando explodiu a Lava Jato, em 2014, estava desempregado e criou O Antagonista. O portal era contra o petismo, mas, também, contra o Bolsonarismo.

Esses assuntos, juntamente com os temas sobre os integrantes do Supremo Tribunal Federal, o deixaram cansado da cobertura.

Segundo Mainardi, ele foi perseguido pelo governo Lula, na época, e sofreu uma perseguição judicial, “que é como eles faziam na época e fazem até hoje, usam procuradores e promotores. E havia o silêncio conivente do resto da imprensa, que queria me ver ‘ferrado’, porque era muito lulista, e continua sendo”. 

Além disso, ele detalhou, na live, que sofreu censura, na Crusoé, do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli e do ministro Alexandre de Moraes. “Enfrentei todo o tipo de intimidação. Mas o que mais me espantou foi a covardia do empresário brasileiro, sempre dependente do governo. Acovardado, cortava o patrocínio”.

Por tudo isso, Mainardi não quer nem ouvir falar na profissão. “Não tenho mais idade para isso. Eu ouço falar de Pablo Marçal (candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB) mas não consigo me interessar o suficiente para me informar a respeito dele, apesar das críticas que vejo”.
Hoje, Mainardi se dedica a finalizar seu próximo livro. Mas já adianta. Não virá ao Brasil para o lançamento. 

A entrevista pode ser vista no Instagram @brunocorano


 

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NEIDE LIMA MARTINGO PEREIRA
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