Os Jogos Paralímpicos, realizados a cada quatro anos, são uma celebração da habilidade e excelência de atletas com deficiências. Desde sua estreia em 1972, em Heidelberg na Alemanha, o Brasil tem mostrado um crescimento significativo em sua participação, destacando-se no cenário internacional.
O Brasil chegou nos Jogos de Atenas, em 2004, com 41 medalhas, com destaques para Clodoaldo Silva e Daniel Dias. Em Pequim, 2008, o país solidificou sua posição com 47 medalhas, impulsionado pelo desempenho de Daniel Dias e Terezinha Guilhermina. Londres, em 2012, marcou a melhor participação brasileira até então, com 43 medalhas, fortalecendo ainda mais sua presença nos esportes de atletismo e natação. Os Jogos do Rio, em 2016, foram um marco histórico, com o Brasil conquistando 72 medalhas e recebendo uma visibilidade sem precedentes. Tóquio, 2020, embora adiada para 2021 devido à pandemia, resultou em 22 medalhas para o país, confirmando a força contínua do Brasil nos Jogos Paralímpicos.
O caminho do Brasil no Paradesporto, em geral, sempre foi repleto de desafios, especialmente na necessidade de políticas públicas e de maior investimento em infraestrutura para atletas com deficiência. Embora o financiamento e a infraestrutura para esportes paralímpicos tenham sido historicamente limitados, o país tem feito avanços significativos, especialmente após os Jogos de 2016. Iniciativas para criar mais oportunidades de participação em nível local e nacional têm sido fundamentais para o desenvolvimento de novos talentos e para a melhoria da qualidade das competições.
A participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos também teve um impacto na sociedade, promovendo maior conhecimento e conscientização sobre a inclusão de pessoas com deficiência. O sucesso de atletas brasileiros inspirou muitos jovens e ajudou a mudar a percepção pública sobre as pessoas com deficiência, aumentando a cobertura midiática e o apoio do público.
Além do impacto social, a realização dos Jogos Paralímpicos no Brasil ajudou a promover a acessibilidade e visibilidade em nível nacional. Para os Jogos de Paris 2024 a delegação brasileira, a maior a participar fora do país, gera a expectativa de manter e/ou superar o nível de desempenho das edições anteriores, apoiado por um contínuo investimento em atletas, infraestrutura e programas de desenvolvimento.
A trajetória do Brasil nos Jogos Paralímpicos é repleta de desafios, dedicação e sucesso, com conquistas notáveis desde 1972. O progresso alcançado em termos de inclusão, acessibilidade e visibilidade é notável, e o legado da participação brasileira continuará a inspirar futuros atletas e a promover a excelência no esporte para pessoas com deficiência.
*Fatima Fernandes, Mestre em Educação e Saúde. Doutora em Tecnologia e Saúde
Professora de Fisioterapia na Saúde da Mulher da Uninter. Especialização em Anatomocinesiologia do Aparelho do Movimento. Participante do grupo de revisão do código do comitê paralímpico internacional. Foi gerente de classificação dos 22 esportes, nas paralimpíadas Rio 2016
*Ruth Eugênia Cidade é Graduada em Fisioterapia, doutora em Educação Física.
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VALQUIRIA CRISTINA DA SILVA
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