08/09/2024 às 11h10min - Atualizada em 10/09/2024 às 08h01min

Governo de Pernambuco retoma obra de abastecimento d’água que passou 23 anos paralisada

A construção vai levar águas do Rio São Francisco a cerca de 8 mil pessoas que são hoje dependentes de caminhões pipa

FABIANI ASSUNçãO
Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco
Foto: Ricardo Oliveira
Tem início nesta segunda-feira (9) a obra de construção da Estação de Tratamento d’água (ETA) Redenção, na cidade de Santa Maria da Boa Vista, no Sertão do São Francisco. O equipamento teve sua construção começada no ano de 2001 e será concluída apenas agora, pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento (SRHS) e a Compesa, 23 anos depois de ter sido interrompida.

“Desde quando assumimos a gestão dos recursos hídricos no nosso estado, a prioridade tem sido primeiramente concluir o que foi deixado incompleto. Esta obra da ETA Redenção é um destes casos. Levamos a demanda da população e da prefeitura à Compesa, que fez o diagnóstico do que era preciso para a retomada e hoje já estamos com as tubulações e equipamentos na cidade para recomeçar essa construção já nesta segunda-feira. Vamos atender cerca de oito mil pessoas, que hoje são dependentes de carro pipa”, comemorou o secretário de recursos hídricos e saneamento do estado, Almir Cirilo. 

O projeto é composto pela conclusão de uma casa de química, a recuperação de uma estação elevatória de lavagem e recuperação de filtros e a instalação de uma subestação de 45kva. A  estrutura de captação será de 42 litros de água por segundo, bombeados para uma estação de tratamento através de uma rede adutora de 250 milímetros, de onde partem dois ramais: um para reforço da zona urbana da cidade com 20 litros de água por segundo, através de uma rede adutora de 200 a 150 milímetros de diâmetro. E o outro, para o abastecimento da zona rural do município, seguindo desde a ETA até o povoado de Cauã, percorrendo uma extensão de 33 km através de adutora de 300 a 150 milímetros de diâmetro. Segundo a prefeitura  de Santa Maria da Boa Vista, esta obra resolve 70% do abastecimento rural no município.

Outras visitas - Nas últimas quarta, quinta e sexta-feira (4, 5 e 6 de setembro), o secretário Almir Cirilo, acompanhado de sua equipe de gestão e obras de saneamento, visitou comunidades rurais em cidades dos sertões de Itaparica e do São Francisco, para articular as parcerias necessárias para empreender obras de reforço de abastecimento de água e projetos de irrigação para o incentivo à produção rural e agronegócios. Além da visita para o anúncio feito em Santa Maria da Boa Vista, o grupo esteve também na cidade de Floresta, onde reuniu-se com a prefeita Rorró Maniçoba e seus assessores.

“Floresta tem projetos já iniciados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, a Codevasf, que estão precisando apenas ser finalizados, para que possam ser colocados em prática, atendendo à necessidade de água das pessoas. Na nossa visita, nós identificamos estas pendências e vamos trabalhar para resolvê-las no menor tempo possível, em parceira com a Codevasf”, explicou o gestor. 

Em Petrolina, a comitiva cumpriu agenda com representantes do setor produtivo e de exportação de frutas do Vale do São Francisco, para buscar soluções de expansão da irrigação na região. “A Codevasf tem projetos elaborados, parte de estudos já desenvolvidos - estudos de solo e projetos hidráulicos - que poderão se transformar em obras para viabilizar a agricultura em mais de 100 mil hectares na região. A secretaria também tem planos nesta área, ainda em fase embrionária. Vamos unir as iniciativas em prol da elaboração de um plano maior de irrigação para os sertões Central e do São Francisco, complementando o que já existe”, adiantou o secretário.

Além disso, as equipes de projetos da secretaria darão início aos estudos de abastecimento das cidades localizadas mais a oeste do estado, principalmente Afrânio e Dormentes. “Estamos num processo de tratativas com a Codevasf para viabilizar, num curto prazo, ações que possam melhorar o acesso à água nestas cidades, antes que obras mais estruturadoras e mais caras venham a acontecer”, finalizou Almir Cirilo.

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FABIANI VIEIRA ASSUNÇÃO
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