Uma parceria do Instituto Baccarelli, organização sem fins lucrativos reconhecida internacionalmente por seu trabalho de excelência com educação e transformação social, com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) expandiu o projeto Escola Paralímpica de Esportes, e está criando um verdadeiro celeiro de talentos paralímpicos por meio de ações direcionadas em 12 CEUs (Centros Educacionais Unificados) da Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo.
Além de oferecer modalidades paralímpicas em busca de talentos para competições de alto nível, os CEUs, que têm gestão compartilhada do Instituto Baccarelli com a Secretaria Municipal de Educação, atendem, sob a coordenação esportiva do Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB, pessoas com deficiência de todas as idades, que buscam práticas esportivas visando melhor qualidade de vida e diversão. Atualmente, a parceria com o CPB oferece quatro modalidades: natação, badminton, atletismo e bocha. Criado pelo CPB em 2018, o projeto Escola Paralímpica de Esportes é uma das principais iniciativas da instituição para descobrir novos talentos – ao todo, o CPB oferece, em seu Centro de Treinamento, 15 modalidades, todas elas parte do programa dos Jogos Paralímpicos.
O grande destaque da parceria, iniciada em 2023, é o fato de oferecer uma real oportunidade de mudança de vida para pessoas com deficiência, já que os praticantes que se destacam são selecionados para treinar também no Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, localizado na Rodovia dos Imigrantes, km 11,5, Vila Guarani, São Paulo/SP.
Desde o começo do projeto conjunto, 18 praticantes de modalidades paralímpicas nos CEUs sob gestão do Instituto Baccarelli já foram selecionados pela equipe do CPB para desenvolver suas habilidades no moderno Centro de Treinamento, considerado um dos quatro melhores do mundo para a formação e treinamento de atletas com deficiência.
Para Edilson Ventureli, CEO do Instituto Baccarelli, incluir é também oferecer oportunidades – abrindo portas e mostrando que uma realidade diferente é possível. “Nossa parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro faz parte de um projeto mais amplo, motivado pela percepção de que a oferta de esporte, cultura e lazer é ainda muito menor do que deveria ser para as pessoas com deficiência”, diz Ventureli.
“Nosso trabalho permitiu que esses jovens vislumbrassem uma possibilidade de mudança de vida”, afirma José Renato Borges, triatleta, treinador e gerente de esportes dos CEUs sob gestão do Instituto Baccarelli. “Isso porque o esporte paralímpico oferece aos atletas visibilidade e a chance de terem uma carreira. Eles podem chegar a representar o Brasil em competições internacionais e até mesmo em uma Paralimpíada”, destaca. Com grande experiência no esporte de alto rendimento, Borges já representou o Brasil em diversas competições internacionais, além de atuar como treinador; ao longo de sua carreira, especializou-se na formação de pessoas com deficiência no esporte.
Borges explica que as ações nos 12 CEUs são voltadas para quaisquer pessoas com deficiência – física, visual, auditiva ou intelectual. “Hoje, as unidades atendem, em média, mais de 3 mil pessoas com deficiência por mês”, informa. “O trabalho que fazemos nos CEUs integra essas pessoas e, ao mesmo tempo, fortalece nosso esporte paralímpico. Afinal, estamos revelando e lapidando novos talentos, ajudando a manter o Brasil entre as maiores potências paralímpicas do mundo”, ressalta.
Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, disputados em 2021 por conta da pandemia, com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes, o Brasil terminou em sétimo lugar no quadro geral de medalhas, igualando o feito de Londres-2012 tanto na divisão das medalhas e na posição no quadro geral quanto no total de conquistas de pódio (72).
O efeito positivo das ações nos CEUs abrange também as famílias dos atletas e praticantes. “É comum pais e mães acharem que a deficiência impede o filho de praticar uma modalidade esportiva. Trabalhamos com o propósito de provar que é justamente ao contrário. Vemos numerosos casos de jovens que tomam gosto por uma modalidade, começam a se destacar, recebem um treinamento específico para atletas de alto rendimento”, relata José Renato. “Nossa missão aqui é incluir, sempre”, completa.
“Queremos que a pessoa com deficiência saia de casa e venha para o CEU fazer o que gosta: seja um esporte paralímpico, seja uma aula de teatro ou de dança – o que ela quiser”, afirma Edilson Ventureli. “Queremos transformar os CEUs sob gestão do Instituto Baccarelli em referência no atendimento às pessoas com deficiência na educação de São Paulo”.
Para participar das atividades paralímpicas, o interessado deve consultar a disponibilidade de turmas e horários na secretaria de cada unidade do CEU. Menores de idade devem estar acompanhados de pais ou responsáveis, munidos de documento com foto e comprovante de residência da criança ou adolescente e do responsável.
Confira as modalidades oferecidas atualmente em cada CEU gerido pelo Instituto Baccarelli:
Natação
Arthur Alvim, Tremembé, Carrão / Tatuapé, Freguesia do Ó, Parque do Carmo, Parque
Novo Mundo, Pinheirinho, São Miguel, Taipas, São Pedro / José Bonifácio, Barro
Branco / Cidade Tiradentes e Vila Alpina / Vila Prudente
Badminton
Carrão / Tatuapé
Atletismo
Freguesia do Ó
Bocha
Parque Novo Mundo
Para mais informações, acesse: http://www.institutobaccarelli.org.br
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ERIKA GONCALVES BORGES
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