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Na sexta-feira, 23 de agosto de 2024, a Justiça Eleitoral de São Paulo tomou uma decisão controversa ao ordenar a suspensão dos perfis de Pablo Marçal (PRTB) em diversas redes sociais, incluindo Instagram, X (antigo Twitter), TikTok e YouTube. A decisão também afeta o site pessoal do candidato à Prefeitura de São Paulo. A medida, que ocorre durante um período eleitoral crucial, levanta questões sobre a liberdade de expressão, a integridade do processo eleitoral e o impacto na campanha de Marçal.
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A liminar foi concedida após um pedido do PSB, partido de Tabata Amaral, também candidata à prefeitura. O PSB alega que Marçal abusou do poder econômico ao supostamente pagar apoiadores para editar e divulgar cortes de seus vídeos em uma rede de mais de 5.000 perfis. Além disso, a ação aponta que Marçal promove concursos entre seus apoiadores, oferecendo prêmios para a melhor divulgação de seu conteúdo.
O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz argumentou que Marçal criou uma “arquitetura aprofundada” para expandir sua imagem nas redes sociais, utilizando práticas que podem desequilibrar a disputa eleitoral.
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Após a decisão, Marçal usou suas redes sociais para se manifestar. Em vídeos postados no Instagram e X, ele criticou a decisão judicial e desafiou seus opositores. “Toda perseguição acelera o processo”, disse Marçal, sugerindo que a ação judicial poderia aumentar sua visibilidade. Ele também orientou seus seguidores a encontrarem perfis alternativos para continuar acompanhando sua campanha.
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Especialistas em direito eleitoral estão divididos sobre a legitimidade da decisão. Horacio Neiva, advogado especialista em direito eleitoral, observou que se os fatos apresentados pelo PSB forem confirmados, Marçal pode ter violado várias leis eleitorais. Neiva explicou que o abuso de poder econômico e os gastos irregulares de campanha são possíveis implicações legais do esquema de “monetização de cortes”.
Por outro lado, Alberto Rollo considera que a decisão de suspender as redes sociais de Marçal foi apropriada, dada a gravidade das alegações. Ele argumenta que a decisão visa eliminar práticas eleitorais ilegais de forma abrangente.
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Marçal ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão. O próximo passo seria apresentar um recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Se o recurso for negado, o candidato poderá levar o caso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em caso de confirmação dos ilícitos, Marçal poderá enfrentar a cassação de seu registro ou diploma, se for eleito.
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Conclusão
A suspensão das redes sociais de Pablo Marçal durante um período eleitoral tão significativo gera um debate sobre a interferência da Justiça Eleitoral nas campanhas e o equilíbrio necessário para garantir uma disputa justa. O desenrolar dos próximos dias será crucial para determinar o impacto real desta decisão sobre a candidatura de Marçal e a dinâmica eleitoral em São Paulo.
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MATHEUS VARGAS MARQUES
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