21/08/2024 às 20h48min - Atualizada em 22/08/2024 às 16h04min

Maíra Oliveira é uma das convidadas do 'Laboratório Afrodiaspórico'

A roteirista e educadora está na Espanha participando do laboratório

AMANDA GASPAR
Gabrielle Souza
Maíra Oliveira é uma das convidadas do "Laboratório Afrodiaspórico de Memória, Criação e Patrimônio", idealizado pelo Centro Cultural Espacio Afro (Madri) e coorganizado com o Instituto Cervantes RJ, a Embaixada da Espanha, o Projeto Museu Afro da Colômbia – Museu Nacional e o Museu da História e da Cultura Afro-brasileira - MUHCAB. O projeto propõe alianças entre o Brasil, a Espanha, a Colômbia e a República Dominicana.

No dia 6 de agosto, Maíra conversou com Valeria Saccone para a Rádio E, onde contou um pouco sobre o projeto e sua participação no laboratório.

"O laboratório tem como principal objetivo a formação e o fortalecimento de uma rede de pessoas negras que falam sobre a diáspora, na diáspora e a partir da diáspora. É uma rede de três países, principalmente Brasil, Colômbia e Espanha, na qual discutimos a perspectiva da formação, manutenção e preservação da memória sob uma ótica criativa, criando estratégias e também arte a partir disso, além de promover a preservação."

Ainda durante a entrevista, a roteirista contou como surgiu o convite para participar do laboratório:

"Fui convidada pela Aline, que é gestora do espaço cultural do Instituto Cervantes. Nós já nos conhecíamos de uma mostra de cinema organizada pelo Instituto, onde fui uma das mediadoras, provocando discussões sobre o pensamento decolonial no cinema. Desde então, viemos estreitando laços."

Participantes no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo

Participantes no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo


Durante a entrevista, Maíra também falou sobre sua participação no laboratório e como sua experiência profissional contribui para o projeto.

"Minha participação foi muito no sentido de pensar como esses espaços, que muitas vezes possuem saberes e conhecimentos de difícil acesso, podem se beneficiar de mediações que ajudem a entender as correntes que levaram certas obras a estarem ali, não apenas a presença, mas também as ausências das pessoas negras. Refletir sobre como podemos abordar isso de maneira crítica, como podemos trabalhar junto com a arte para pensar nossa existência e resistência no contexto diaspórico. É nesse sentido que tenho usado minha bagagem."

Por fim, Maíra comentou sobre sua ida à Espanha: "Estou ansiosa para conhecer e espero que tenhamos momentos muito produtivos lá, e que esse laboratório tenha vida longa, proporcionando acesso e oportunidades a outras pessoas", finalizou.

A roteirista já se encontra na Espanha junto com os outros participantes do "Laboratório Afrodiaspórico de Memória, Criação e Patrimônio".

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AMANDA PAMELA BARBOSA GASPAR
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